quinta-feira, 20 de junho de 2019

A “queima de arquivos” digital






Se ainda acha, pare de achar que o Brasil é um país “normal”.

Não é, nunca foi e, de tempos para cá, “normalizou o anormal”.

Fosse e não estaríamos metido nesta loucura de ter, em pleno século 21, um governo que é um mix do pior do udenismo dos anos 50 com o autoritarismo dos 60/70.

Sérgio Moro estaria afastado do Governo – nem teria ido para lá, aliás – e os processos da Lava Jato estariam sendo objeto de auditoria e saneamento pelos tribunais superiores.

Por certo, fôssemos um país normal, não haveria na imprensa colunistas importantes louvando o que chamaram de “dribles” do ministro aos senadores ontem, mas condenando o fato de não terem sido dadas respostas objetivas sobre os supostos diálogos, alegando que “não se lembra”, ao mesmo tempo que concentra toda a questão no tal “grupo organizado” de hackers.

Se há grupo organizado de hackers, isto é assunto da Polícia Federal que Moro chefia e dos procuradores que repetem seu discurso.

E que, ao contrário de preservarem as contas que, supostamente, haviam sido hackeadas, apagam o aplicativo de mensagens, “desavisados” de que, com isso, estariam destruindo a prova do crime de que dizem estarem sendo vítimas.

É como alguém dizer que está sendo chantageado e que destrói a carta pela qual estaria sendo feita a chantagem.

Mas fizeram e não foi por ingenuidade, mas por medo do que estava gravado ali.

Não é preciso ter provas de que as mensagens foram adulteradas, ainda mais quando provariam que não.

E, como estamos num país anormal, sua atitude anormal é tratada como se fosse algo “normal”. Ninguém lhes pede explicações por terem feito o inexplicável.

Fonte: tijolaco

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