domingo, 16 de junho de 2019

Versão do falso-hacker pode ser a última farsa do Moro






Sérgio Moro foi desmascarado; está acuado e fortemente pressionado. Ele está imobilizado no canto do ringue.

Moro já foi abandonado pelos principais veículos de comunicação. Muitos deles, inclusive o mais “lavajateiro” jornal Estadão, pediram sua demissão do ministério da justiça.

Apenas a Rede Globo ainda se mantém fiel a ele e aos demais delinquentes da Lava Jato. Nem poderia ser diferente. Afinal, o império dos Marinho é co-autor da conspiração [aqui].

Mesmo assim, entretanto, a Globo deverá jogar Moro aos tubarões, quando o odor do cadáver ficar insuportável.

Moro já não conta com manifestações de apoio dos “paneleiros” hipócritas, que até pouco uivavam pelo combate à corrupção e pela “libertação do país das garras do comunismo”.

O som das vozes que defendem Moro é cada vez menos audível. Políticos, empresários, juízes, procuradores, policiais federais e os antigos sócios da engrenagem conspirativa não se animam a defendê-lo publicamente.

Nem mesmo Bolsonaro, beneficiário do empenho eleitoral decisivo do Moro e da Lava Jato para ser eleito, assegura apoio incondicional ao seu ainda ministro.

Bolsonaro diz que “só confia 100% em papai e mamãe”. Ou seja, desenhou a linha divisória para a manutenção do Moro no cargo. É questão de tempo jogá-lo ao mar.

No desespero diante do abandono e isolamento crescente, Moro [il capo di tutti capi – ler aqui] então fabricou a versão do suposto – e falso – ataque de hacker.

Essa farsa passou a ser sua tábua de salvação. A Globo se jogou de cabeça na propagação dessa nova mentira inventada para criminalizar o Intercept e anular o aterrador conteúdo que pouco a pouco, detalhe por detalhe, está sendo revelado.

Essa invenção delirante tem por objetivo antecipar sua defesa e a dos demais delinquentes que integram a gang da Lava Jato, mas também pode ter o propósito, em simultâneo, de legitimar a ação repressiva da PF, a polícia política do Moro, contra o Intercept, como Nassif alerta no GGN [aqui].

A tese de invasão por hacker, além de insustentável, é risível; pelos seguintes motivos:
o Intercept nunca afirmou que sua fonte seja um hacker ou que os conteúdos tenham sido obtidos por “hackeamento”;
o impressionante volume de documentos e a abrangência sistêmica dos mesmos, que engloba todo o “organismo” da Lava Jato, é mais compatível com trabalho sistemático do que com ataque episódico de suposto hacker;
Moro e Dallagnol sustentam que a [falsa] invasão do suposto hacker teria ocorrido nas últimas semanas. Acontece, entretanto, que os dados revelados são de período bem anterior, cobrindo pelo menos desde 2015; e
estranhamente Dallagnol e seus parceiros se recusam a entregar seus telefones – que são funcionais, e não particulares – para a perícia comprovar ou desmentir a versão.

Moro e Dallagnol só passaram a questionar a autenticidade dos documentos por estratégia de defesa, para tentar atenuar sua incriminação diante de conteúdo fortemente incriminador.

A versão do falso-hacker é cartada desesperada de quem teve seus crimes documentalmente e materialmente provados. Essa versão é insustentável do ponto de vista político e jurídico. Moro foi desmascarado e está cada vez mais desmoralizado e desacreditado.

A versão do falso-hacker pode ter sido a última farsa do Moro, que já deveria estar preventivamente preso [aqui], assim como os demais agentes implicados, para não continuarem obstruindo as investigações, destruindo provas e, mais importante, para não continuarem conspirando contra a Constituição, as Leis; contra a verdade e a realidade dos fatos.

Eles devem responder pelo atentado perpetrado contra o Estado de Direito, a democracia e a soberania do Brasil.

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