terça-feira, 26 de dezembro de 2017

“Parece que realmente a Justiça apodreceu”, diz Fonajuc






Por Marcelo Auler


“É assim que o nosso Judiciário está. É difícil a gente ter… continuar tendo garra para trabalhar. Para certas coisas parece que realmente a Justiça apodreceu. Não sei até onde nós vamos”

O vaticínio acima não partiu de nenhum réu, leigo ou mesmo advogado insatisfeito. Foi proferido pelo juiz Glaucenir Oliveira, da Vara Criminal de Campos dos Goytacazes (RJ) e titular da Zona Eleitoral da cidade, no norte do Estado do Rio de Janeiro, no desabafo que fez em um grupo de magistrados da Justiça Criminal do Rio, pelo WhatsApp, que ele talvez imaginasse fechado. A conversa, porém, vazou. Ou foi grampeada, não se sabe.

Nela, porém, ele fez acusações graves e pesadas, principalmente vindas de um magistrado, independentemente de quem fosse o alvo. No seu caso o atingido foi o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes. Poderia ser contra qualquer um, da mesma forma seria grave e pesada. Talvez só não tivesse a repercussão que teve.

Vale aqui registrar que independentemente de ter ou não simpatia pelo ministro Mendes, mesmo discordando de seus métodos e seu comportamento, ainda que às vezes, muito raramente, se reconheça decisões suas acertadas, embora por interesses diversos – como no caso da suspensão das conduções coercitivas – neste episódio, o juiz Glaucenir o transformou em vítima.

É certo, como lembra a Nota de Apoio ao magistrado divulgada pelo Fórum Nacional dos Juízes Criminais – leia abaixo – que o seu direito à liberdade de expressão e de pensamento deve ser amplamente respeitado. Está sendo.

Ninguém saiu por aí – até por ser impossível em redes sociais – tentando censurá-lo. Algo que certamente aconteceria se o comentário partisse de um jornalista/blogueiro. Por muito menos, recorde-se, este Blog está sob censura.

A Nota de Apoio do FONAJUC confere veracidade ao comentário do juiz que ninguém era capaz de confirmar, a não ser em off. Como aconteceu com este Blog que, na falta da confirmação de sua autenticidade, não divulgou o áudio.



Fonte: jornalggn

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