segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Caso Odilaine: advogado da avó de Bernardo quer acesso a materiais usados em perícia do IGP



Foto: internet

Marlon Taborda sugere que policiais podem ter coletado material errado para a comparação

Após o Instituto-Geral de Perícias (IGP) reiterar, nesta quinta-feira, que é de Odilaine Uglione a letra da carta de despedida encontrada em 2010, quando a jovem foi encontrada morta, o advogado da família confirmou que vai questionar os critérios que o órgão adotou para chegar a essa conclusão. Odilaine era mãe do menino Bernardo Boldrini, que teve o corpo encontrado enterrado quatro anos mais tarde. A morte dela ocorreu em Três Passos, dentro do consultório do marido, o médico Leandro Boldrini, que responde como réu pela morte do filho.

Em 2010, a Polícia concluiu que Odilaine cometeu suicídio e o laudo divulgado agora reforça essa tese, refutada pela mãe dela, Jussara Uglione. O advogado da avó de Bernardo, Marlon Taborda, destacou hoje que vai indagar os métodos utilizados para comparação das provas materiais de confronto. Taborda sugere, ainda, que o IGP pode ter cometido uma falha ao colher material errado para a comparação.

“Questionamos os critérios por eles adotados e também nos manifestamos no sentido de incerteza quanto à prova material de confronto que possivelmente possa ter sido utilizada. Acreditamos que o Instituto-Geral de Perícias tenha colhido material de confronto errado para chegar a essa conclusão, não descartando que tenham sido utilizados outros documentos que não sejam de autoria de Odilaine. E, portanto, chegado a uma conclusão errada”, pondera Taborda.

O advogado ressaltou que quer ter acesso ao material utilizado pelo Instituto-Geral de Perícias para a comparação da grafia na carta, já que a família estranhou o posicionamento do Instituto. O laudo contrariou a perícia particular, contratada pela família, que apontou que a carta havia sido escrita por outra pessoa – possivelmente a secretária do consultório de Boldrini, Andressa Wagner, que negou à Polícia essa possibilidade.

Apesar de reiterar que a carta partiu do punho de Odilaine, o IGP manteve a incerteza referente à autoria do disparo. A análise da reconstituição da morte de Odilaine, realizada no dia 16, só vai ser concluída no início do ano que vem.

Sobre a análise de DNA feita com o material encontrado sob as unhas de Odilaine, para apontar a suposta existência de uma luta antes da morte, o laudo do IGP foi inconclusivo. Isso porque os resquícios apontaram para o contato com alguém do sexo masculino, que pode ser Leandro ou Bernardo. Taborda também expôs que a família já autorizou que a justiça peça a exumação do corpo do menino Bernardo para realizar o exame de DNA. No entanto, até o momento, não houve a solicitação.
Fonte: radioguaiba

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