quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Estudantes da UFABC voltam a ser ameaçados




Pichações racistas e homofóbicas apareceram após discussão sobre liberdade de expressão com milhares de alunos; reitoria registrou B.O.

Em nota, a reitoria da universidade se comprometeu em tomar um posicionamento frente às ameaças

Desde junho tem aparecido pichações racistas e homofóbicas nos banheiros da Universidade Federal do ABC com ameaças e intimidações.

O coletivo Vozes, coletivo negro da universidade, após o primeiro caso, entrou em contato com a reitoria solicitando medidas e respostas às maeaças. A reitoria mobilizou um ato de repúdio e registrou B.O.

Juliete Vitorino, mestranda em Biossistemas e integrante do coletivo, disse que as pichações ocorreram após um debate na universidade. “Tudo isso começou a acontecer depois que houve uma discussão sobre liberdade de expressão que reuniu milhares de alunos. A discussão foi necessária porque um aluno da universidade usava uma camiseta de uma banda neo nazista no restaurante universitário. Após tudo isso, as ameaças surgiram. Nós fizemos uma carta de reivindicações na qual pedíamos uma sindicância com participação dos discentes, formas alternativas de segurança que não o policiamento porque isso ainda está em discussão na universidade”.

Juliete também conta que constantemente há posts racistas no grupo de facebook da universidade.

Na semana da consciência negra o coletivo se revezou entre fazer os atos sobre a data e os de repúdio às pichações. Fizeram panfletagem, deram entrevistas para publicizar o ocorrido, cartazes foram espalhados pela universidade, mas mesmo assim as pichações voltaram a acontecer na semana passada nos banheiros. O coletivo se mobilizou e a universidade registrou um B.O.

Em nota, a reitoria da universidade se comprometeu em tomar um posicionamento frente às ameaças.

O coletivo Vozes segue mobilizado para que os responsáveis sejam punidos, e ontem, dia 30, reuniram-se com o Reitor da UFABC prof. Dr. Klaus Capelle e o pró - reitor de extensão e cultura prof. Dr. Daniel Pansarelli para discutir esses casos e realizar debates sobre racismo na universidade.

Fonte: cartacapital





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