quinta-feira, 4 de abril de 2019

Procuradores do Paraná tentam pegar e gerir R$ 6,8 bilhões do Estado brasileiro



(foto de vídeo – you tube)


Um novo escândalo que envolve os procuradores da Lava Jato foi revelado por reportagem de Pedro Canário, do site Conjur. Segundo a reportagem, o acordo de leniência que a Odebrecht assinou com o Ministério Público Federal em dezembro de 2016 prevê que os procuradores se transformem em gestores de R$ 6,8 bilhões que pertencem ao Estado brasileiro. Recentemente, os procuradores tentaram também ter o controle total de R$ 2,5 bilhões de um acordo da Petrobras por meio de uma fundação.


O acordo, diz o texto, se parece bastante com o acordo da Petrobras. “Ambos preveem a criação de uma conta judicial, sob responsabilidade da 13ª Vara Federal de Curitiba, para que o dinheiro fique à disposição do MPF, para que lhe dê a destinação que quiser”, anota.

“No caso da Odebrecht, a construtora se comprometeu a pagar R$ 8,5 bilhões como multa por seus malfeitos, que serão divididos pelo MPF entre ele mesmo, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ) e a Procuradoria-Geral da Suíça. A parte que ficar no Brasil ficará sob responsabilidade dos procuradores da “lava jato” em Curitiba”.

Ainda segundo o acordo, revela Pedro Canário, esse dinheiro seria destinado à reparação dos “danos materiais e imateriais” causados pela corrupção da Odebrecht. De acordo com explicação do MPF no Paraná à ConJur, 80% do dinheiro ficarão com o Brasil, 10% com os EUA e 10%, com a Suíça. Portanto, o MPF ficou responsável por gerenciar R$ 6,8 bilhões.

A reportagem lembra que “no caso da Petrobras, anexos do acordo foram divulgados recentemente e revelaram essas intenções: a criação de uma fundação em que o dinheiro, R$ 2,5 bilhões, seria direcionado para ações de combate à corrupção. Esse fundo seria gerido pelos procuradores da operação “lava jato” em Curitiba. E, claro, seria enviado para entidades amigas. Esse trecho foi suspenso pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal”.

Já o acordo com a Odebrecht, continua, vem sendo mais bem protegido. Mas já dá para saber, por exemplo, que o dinheiro que ficar no Brasil não será enviado a uma conta do Tesouro, como manda a jurisprudência do Supremo. Ficará sob os cuidados dos integrantes da autoproclamada força-tarefa da “lava jato”.

Em outro trecho, a reportagem lembra que a defesa do ex-presidente Lula, feita pelo advogado Cristiano Zanin Martins, vem tentando acessar os autos do acordo desde maio de 2017, e não consegue. Moro negou três pedidos de acesso num espaço de pouco mais de um ano.


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