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Os ministros do STF não tiveram a coragem de julgar a suspeição de Moro, tão clara com os diálogos publicados e adiaram uma conclusão sobre o mérito. Gilmar Mendes indicou, ambíguo, não ter muita certeza e pediu jogar para a frente uma decisão... Mas sugeriu, o que seria lógico, que Lula esperasse em liberdade. Apoiado por Lewandowski, o decano Celso de Melo negou a soltura de Lula, seguido pelos dois outros, que já tinham votado contra o habeas corpus. Acovardaram-se. Faltou-lhes coragem para julgar Moro e temeram um Lula livre. Chegaram a eles pressões das tais "forças ocultas", que tão ocultas não são? Empurrar com a barriga é sinal de pusilanimidade. Uma vez mais a justiça escorrega, numa legalidade formal que deixa clara a ilegitimidade de fato.
O comentário é de Luiz Alberto Gomez de Souza, sociólogo.
Chegam os versos de Miguel Hernández, lidos numa trincheira e morto numa prisão franquista. Eles nos dão forças neste novo momento de desalento, tentando, contra tantas evidências, entender um povo 'em vertigem', para além da covardia togada:
'Los bueyes doblan la frente,
impotentemente mansa...
No soy de un pueblo de bueyes...
Quién habló de echar un yugo
sobre el cuello de esta raza?'
Será? Acorda, Brasil.
Fonte: unisinos
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