sábado, 15 de junho de 2019

Cientista político sugere prisão preventiva para Moro após novo vazamento






"Ele pode estar destruindo provas", diz Alberto Almeida, diante da divulgação de novas conversas comprometedoras


A divulgação de novas conversas envolvendo a Lava Jato, feita pelo site The Intercept Brasil na noite de sexta-feira (14), ampliou as reações indignadas ao conluio entre Sérgio Moro e procuradores Ministério Público Federal (MPF) para condenar sem provas o ex-presidente Lula.

Nos diálogos que agora vieram à tona, os procuradores, liderados por Deltan Dallagnol, aparecem combinando com Moro o conteúdo de uma nota que soltariam à imprensa com críticas à defesa do ex-presidente após um depoimento de Lula. Na troca de mensagens, Moro classifica a atuação da defesa como “showzinho”.

Após a divulgação, o cientista político Alberto Carlos de Almeida, autor do livro “A cabeça do brasileiro”, escreveu no Twitter que o caso mostra “violação gravíssima” do direito de defesa e chama Moro de “juiz mancomunado” com a acusação.

Para Almeida, o conjunto dos diálogos já divulgados traz elementos suficientes para a prisão preventiva de moro. “Neste momento, ele pode estar destruindo as provas”, argumento o cientista político.

O também cientista Miguel Nicolelis, do campo da Neurociência, afirmou na mesma rede que “o ConjeGate fica mais tenebroso a cada hora”.

Em tom de deboche, Nicolelis afirma que “o Conje era o diretor de marketing da Lava Jato, sugerindo o timing de notas à imprensa para o comando do MP”.

No campo político, a deputada Érika Kokay (PT-DF) chamou as conversas de “ilegais, indecentes e indecorosas”.

Outra deputada, Jandira Feghalli (PcdoB-RJ), diz que as conversas deixam “escancarado” o “conluio midiático-jurídico”, além de comprovarem que Moro era o “comandante” da Lava Jato.

Chico Alencar, ex-deputado do Psol, afirma que as revelações colocam “em suspeição todo o trabalho feito pela Lava Jato até aqui”.

O assunto também foi abordado pelo jornalista Kennedy Alencar. No Twitter, ele classificou o caso como um “mais novo reforço ao argumento de parcialidade do ex-juiz em relação ao petista”.

Já Carlos Andreazza, editor-executivo do Grupo Editorial Record e comentarista da rádio Jovem Pan, foi mais contundente. “A nova pílula reativa liberada pelo Intercept traz o conteúdo mais grave contra Sérgio Moro até aqui; porque pela primeira vez se capta um viés claro do juiz contra uma parte específica do processo, no caso o réu Lula e o “showzinho” de sua defesa”, disse.


Fonte: jornalggn

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