"As diligências no âmbito de uma possível operação policial incluem medidas como busca e apreensão, prisão preventiva e condução coercitiva – tudo que está no menu da Lava Jato, como o Brasil inteiro bem sabe há alguns anos", diz o jornalista Luis Nassif, editor do GGN, que vê risco de uma ação policial contra o meio de comunicação que desmascarou o papel de Sergio Moro e Deltan Dallagnol na Lava Jato
Em entrevista publicada pelo Estadão na última sexta-feira (14), Sergio Moro fez uma declaração que demonstra que o jornalismo do Intercept Brasil pode estar na mira da Polícia Federal.
Sem uma investigação conclusiva, o ex-juiz associou o dossiê da Vaza Jato – divulgado pelo site do jornalista Glenn Greenwald em doses pequenas, desde o domingo passado – aos ataques hacking reportados por membros da força-tarefa nas últimas semanas.
Moro declarou: "Não é só uma invasão pretérita que um veículo de internet resolveu publicar o conteúdo. Nós estamos falando aqui de um crime em andamento."
Os hackers, segundo a narrativa do ministro da Justiça, "não pararam de invadir aparelhos de autoridades ou mesmo de pessoas comuns e agora têm uma forma de colocar isso a público". O Intercept, insinuou Moro.
Provocando o site, o ex-juiz acuado por fortes indícios de advocacia administrativa e prevaricação, acrescentou: "Esse veículo não tem nenhuma transparência com relação a esse conteúdo. Então vai continuar trabalhando com esses hackers?". Quis dizer: vai continuar trabalhando com "criminosos"?
A ideia de que há um crime em andamento confere a Moro uma carta na manga: pode recorrer ao "estado de flagrante delito" para, mais cedo ou mais tarde, deflagrar ações que atinjam o Intercept.
As diligências no âmbito de uma possível operação policial incluem medidas como busca e apreensão, prisão preventiva e condução coercitiva – tudo que está no menu da Lava Jato, como o Brasil inteiro bem sabe há alguns anos.
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Fonte: gabrielhammer
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