domingo, 23 de junho de 2019

Juiz Luis Carlos Valois: uma analogia sobre imparcialidade







Para as pessoas que dizem que alguém acusado deve ficar preso durante o processo com o argumento "e se a vítima fosse alguém da sua família?", gostaria de fazer uma analogia. 

Primeiro ressaltando que prisão antes da sentença não é condenação, a pessoa só pode ser considerada culpada, criminosa, bandida, depois de um processo, é direito de todos. 

Agora, vamos ver, já pensou você estacionar na frente de uma garagem, ser guinchado, e ter que ir no Detran pedir a liberação do carro do dono da garagem que vc colocou o carro na frente? 

Já pensou você atrasar a pensão alimentícia e ter que justificar o atraso para uma mãe que não recebe pensão há alguns meses? 

Já pensou você atrasar o boleto das Casas Bahia e ter que pedir para tirar o nome do SPC com o proprietário de um comércio que tá cheio de devedor? 

Já pensou a conta de luz vir um absurdo e você ter só a Cia elétrica para reclamar? 

Já pensou comprar um produto avariado e não existir Procon, justiça, nada, mas só a loja para a sua reclamação? 

Pois é, por isso que existe justiça, falha, é verdade, cheia de defeitos, mas existe para tentar ser um órgão imparcial, que não pode se colocar no local nem da vítima, nem de ninguém, só no lugar do direito! 

E para isso existe algo na lei chamado "suspeição", se o juiz ou funcionário se sente mais para o lado de uma parte em um processo, pode se declarar suspeito e entregar o processo para outro funcionário ou juiz! Coisa simples!

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