Maria
Simony Bernardo Rodrigues é uma jovem do interior do Estado de Pernambuco, que
luta diariamente por sua vida, nascida em Correntes, atualmente mora em Garanhuns,
uma cidade que apesar de ser maior que a sua de origem, não está suprindo as
suas necessidades em relação á saúde e qualidade de vida.
Esta
jovem, como tantas outras de sua idade, utiliza diariamente as redes sociais
para registrar os eventos de sua vida, a diferença é que observando suas
postagens na internet acompanhamos a mudança brusca que a vida de Simony
sofreu. As fotos das festas, saídas com os amigos, comemorações em família,
repentinamente deram lugar a fotos em Hospitais, ou, em cima da cama e o belo
sorriso aos poucos tornou-se raro, a expressão de dor agora é a mais comum.
Acometida por Lúpus, artrite reumatoide, sinusite crônica, renite, alergias,
esofagite, problemas nos nervosos, depressão e síndrome do pânico e outros.
A
tecnóloga em Gestão Ambiental que sonha em cursar Letras e voltar a trabalhar,
tem uma rotina diária voltada para a busca da recuperação de sua saúde, com
consultas, exames, novos remédios, novos tratamentos, alimentação diferenciada,
uma árdua rotina que ainda é agravada pela falta de recursos. Simony não tem
condições de trabalhar, não consegue a liberação pelo INSS de um benefício que
a auxilie neste momento, mora de aluguel e a renda familiar da casa onde vivem
6 pessoas, entre estas 3 crianças, resume-se a aposentadoria de sua mãe, que
está em parte comprometida por empréstimos feitos para comprar remédios e o
salário do irmão, que além de trabalhar, faz “bicos” para ajudá-la, o que é
insuficiente para manter as necessidades da moça que hoje, conta com a
solidariedade de familiares, amigos e internautas que conheceram sua história
pela Rede e se dispõem a participar das campanhas online.
Desde
2012 Simony Bernardo sofre com estas enfermidades adquiridas por um acidente de
trabalho. A mesma trabalhava numa empresa de laticínios da região, na parte de
controle de qualidade em laboratórios de pesquisas e análises de cruz e
acabados, ela tinha de trabalhar em um ambiente em que fica um aparelho com os
ácidos sulfúricos, tricloroacéticos, álcool isopropílico, além de outros produtos
e reagentes químicos altamente perigosos e corrosivos.
Nesse
local, se faz necessária uma climatização e o aparelho onde ficam os ácidos tem
de ser bem vedado devido o poder de corrosão destas substâncias químicas, mas
aconteceu de dar problemas tanto no aparelho que guardava os ácidos chamado de
“capela”, como no ar-condicionado e por cerca de dois meses estes equipamentos
funcionaram de forma inadequada. Segundo nossa entrevistada, quebraram e foram
concertados constantemente e Simony ficou no mesmo ambiente que estas
substâncias.
Os
primeiros sintomas apareceram aos poucos, começou com alergias, mal estar,
tontura, dor de cabeça e cansaço. De acordo com Simony, após adoecer ela
começou a ser perseguida na empresa, o que desencadeou problemas de nervosos e
após necessitar de atestado médico e repouso de 15 dias em casa, foi demitida:
“falaram que estavam me demitindo porque estavam fazendo corte de funcionários
na empresa”.
Mesmo
com tantos problemas, ela não desiste de lutar e a cada dia utiliza seu perfil
para divulgar vídeos com informações para pessoas que compartilham dos mesmos
problemas de saúde, todo o resultado de pesquisas feitas por ela está em seu
diário digital “Facebook” para ajudar outras pessoas e são estas postagens que
motivam as doações tão necessárias.
Uma
pessoa com diagnósticos tão graves não pode abrir mão de um plano de saúde, é
imprescindível que esteja acobertada para as internações, consultas e exames
que são tão necessários para aliviar seus sintomas, infelizmente no país em que
vivemos a saúde pública não disponibiliza recursos suficientes para atender
pessoas que como nossa entrevistada precisam de um acompanhamento diário, mas o
plano também depende das doações, sendo assim,
não é raro o atraso das parcelas e quando a arrecadação das doações é
insuficiente, Simony tem de escolher entre pagar o plano ou ter uma alimentação
adequada e, geralmente a alimentação fica em segundo lugar.
Simony
tem o cadastro no Sistema único de Saúde (SUS), utiliza seu cartão, vaga de
posto em posto em busca de atendimento e remédios, mas na maioria das vezes se
depara com a falta de medicamentos, O atual Secretário de Saúde do município,
Sr. Alfredo de Góis Neto, devido a gravidade do estado de Simony é quem segundo
ela está sendo um “anjo” e dentro das possibilidades da saúde municipal, vem
conseguindo exames e atendimento médico para a mesma sempre que possível, mas
constantemente ela tem de ir aos consultórios particulares que aceitam seu
plano. Alguns médicos cedem amostras grátis após as consultas, mas não são
suficientes para o tratamento, então geralmente ela posta a receita e aguarda a
doação da medicação.
No
primeiro semestre deste ano Simony Bernardo concedeu entrevista a dois
telejornais de muita credibilidade na Região e o INSS foi procurado para
esclarecimentos sobre a negativa que a mesma recebe sempre que procura a
Seguridade Social em busca de um benefício, estas entrevistas foram importantes
porque o caso dela foi revisto na época e por um mês ela recebeu o benefício,
mas logo foi solicitada uma nova perícia e o médico voltou a negar o benefício
atestando capacidade laborativa, mas a mesma tem todos os laudos médicos que
atestam esta incapacidade.
A
moça levou com muita dificuldade financeira o caso do acidente de trabalho à
justiça, e está aguardando , ganhou as audiências, mas a empresa recorreu,
espera que o INSS libere seu benefício e busca o auxílio de algum advogado da
área previdenciária que a possa ajudar a resolver esta injustiça, busca também
empresas e profissionais que possam e queiram ajuda-la de algum modo, pois seus
gastos e dificuldades são muitas. Hoje
ela conta com a solidariedade das pessoas divulgando seu caso e a campanha que
alguns amigos fizeram e compartilharam online. Vamos ajudar e compartilhar esta
história!
Fonte:
portalcorrentespe
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