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Fala
de parlamentar na Câmara Municipal causou polêmica
Menos
de um mês após um vereador de Piraí sugerir que mendigo deveria virar ração
para peixe, uma outra declaração envolvendo o mesmo assunto voltou para as
rodas de discussão, por revelar a falta de sensibilidade social de alguns
políticos no país. A vereadora Leila do Flamengo (PMDB), em discurso na
quarta-feira no plenário da Câmara do Rio, afirmou que mendigo não tem o mesmo
direito que os cidadãos. Nesta quinta-feira, ao comentar o assunto, ela não
hesitou ao afirmar que a grande maioria das pessoas mora na rua porque quer.
“Defendo
as famílias e os moradores, não os desocupados. (...) Não estamos falando aqui
em discursos hipócritas, de querer dizer que o mendigo tem o mesmo direito que
os cidadãos”, afirmou ela, no plenário. Questionada, a vereadora garantiu que a
sua fala é reprodução do que ouve das pessoas nas ruas.
Segundo
a vereadora, o público que perambula nas calçadas é formado principalmente por
homens fortes e bêbados, prontos para o trabalho, mas que preferem ficar sem
fazer nada. Suas falas pesam inclusive sobre sua própria origem e história de
vida. Nascida em Natal, capital do Rio Grande do Norte, mas criada no Rio, ela
defende o retorno de pessoas que vivem de mendicância para sua terra natal.
“Eu, com 16 anos, tomava três ônibus para trabalhar. Mas tinha uma base boa.
Minha família tinha condições, mas perdemos tudo. Fomos à luta. Não fomos para
a rua”, compara.
Leila
critica programas populares
Apesar
de dizer que defende uma política social e o retorno do projeto da Fazenda
Modelo — casas de vivências mantidas pelo município —, para abrigar quem vive
na rua, a vereadora escorrega de novo no preconceito para justificar como o
problema de moradores de rua surgiu na cidade:
“Aumentou
a mendicância no Rio devido a esses programas de R$ 1. Faltou também controlar
crescimento de moradias nas áreas verdes. A população achava que vir para o Rio
era só para invadir. O comerciante que paga impostos, gera emprego, tem que
competir com o mercado que surge na porta dele”.
Fonte:
odia
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