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Marlon Taborda sugere que policiais podem ter coletado material errado para a comparação
Após o Instituto-Geral de Perícias (IGP) reiterar, nesta
quinta-feira, que é de Odilaine Uglione a letra da carta de despedida
encontrada em 2010, quando a jovem foi encontrada morta, o advogado da
família confirmou que vai questionar os critérios que o órgão adotou
para chegar a essa conclusão. Odilaine era mãe do menino Bernardo
Boldrini, que teve o corpo encontrado enterrado quatro anos mais tarde. A
morte dela ocorreu em Três Passos, dentro do consultório do marido, o
médico Leandro Boldrini, que responde como réu pela morte do filho.
Em 2010, a Polícia concluiu que Odilaine cometeu suicídio e o laudo
divulgado agora reforça essa tese, refutada pela mãe dela, Jussara
Uglione. O advogado da avó de Bernardo, Marlon Taborda, destacou hoje
que vai indagar os métodos utilizados para comparação das provas
materiais de confronto. Taborda sugere, ainda, que o IGP pode ter
cometido uma falha ao colher material errado para a comparação.
“Questionamos os critérios por eles adotados e também nos
manifestamos no sentido de incerteza quanto à prova material de
confronto que possivelmente possa ter sido utilizada. Acreditamos que o
Instituto-Geral de Perícias tenha colhido material de confronto errado
para chegar a essa conclusão, não descartando que tenham sido utilizados
outros documentos que não sejam de autoria de Odilaine. E, portanto,
chegado a uma conclusão errada”, pondera Taborda.
O advogado ressaltou que quer ter acesso ao material utilizado pelo
Instituto-Geral de Perícias para a comparação da grafia na carta, já que
a família estranhou o posicionamento do Instituto. O laudo contrariou a
perícia particular, contratada pela família, que apontou que a carta
havia sido escrita por outra pessoa – possivelmente a secretária do
consultório de Boldrini, Andressa Wagner, que negou à Polícia essa
possibilidade.
Apesar de reiterar que a carta partiu do punho de Odilaine, o IGP
manteve a incerteza referente à autoria do disparo. A análise da
reconstituição da morte de Odilaine, realizada no dia 16, só vai ser
concluída no início do ano que vem.
Sobre a análise de DNA feita com o material encontrado sob as unhas
de Odilaine, para apontar a suposta existência de uma luta antes da
morte, o laudo do IGP foi inconclusivo. Isso porque os resquícios
apontaram para o contato com alguém do sexo masculino, que pode ser
Leandro ou Bernardo. Taborda também expôs que a família já autorizou que
a justiça peça a exumação do corpo do menino Bernardo para realizar o
exame de DNA. No entanto, até o momento, não houve a solicitação.
Fonte: radioguaiba
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