Pichações
racistas e homofóbicas apareceram após discussão sobre liberdade de expressão
com milhares de alunos; reitoria registrou B.O.
Em
nota, a reitoria da universidade se comprometeu em tomar um posicionamento
frente às ameaças
Desde
junho tem aparecido pichações racistas e homofóbicas nos banheiros da
Universidade Federal do ABC com ameaças e intimidações.
O
coletivo Vozes, coletivo negro da universidade, após o primeiro caso, entrou em
contato com a reitoria solicitando medidas e respostas às maeaças. A reitoria
mobilizou um ato de repúdio e registrou B.O.
Juliete
Vitorino, mestranda em Biossistemas e integrante do coletivo, disse que as
pichações ocorreram após um debate na universidade. “Tudo isso começou a
acontecer depois que houve uma discussão sobre liberdade de expressão que
reuniu milhares de alunos. A discussão foi necessária porque um aluno da
universidade usava uma camiseta de uma banda neo nazista no restaurante
universitário. Após tudo isso, as ameaças surgiram. Nós fizemos uma carta de
reivindicações na qual pedíamos uma sindicância com participação dos discentes,
formas alternativas de segurança que não o policiamento porque isso ainda está
em discussão na universidade”.
Juliete
também conta que constantemente há posts racistas no grupo de facebook da
universidade.
Na
semana da consciência negra o coletivo se revezou entre fazer os atos sobre a
data e os de repúdio às pichações. Fizeram panfletagem, deram entrevistas para
publicizar o ocorrido, cartazes foram espalhados pela universidade, mas mesmo
assim as pichações voltaram a acontecer na semana passada nos banheiros. O
coletivo se mobilizou e a universidade registrou um B.O.
Em
nota, a reitoria da universidade se comprometeu em tomar um posicionamento
frente às ameaças.
O
coletivo Vozes segue mobilizado para que os responsáveis sejam punidos, e
ontem, dia 30, reuniram-se com o Reitor da UFABC prof. Dr. Klaus Capelle e o
pró - reitor de extensão e cultura prof. Dr. Daniel Pansarelli para discutir
esses casos e realizar debates sobre racismo na universidade.
Fonte:
cartacapital
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